quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Pertenço a um país


Com as eleições chegando, achei necessário postar uma crônica que vi na internet e que diz transparentemente como é que somos como patriotas do país que vivemos...


(...) Pertenço ao país onde as "EMPRESAS PRIVADAS" são papelarias particulares de seus empregados desonestos, que levam para casa, como se fosse correto, folhas de papel, lápis, canetas, clipes e tudo o que possa ser útil para o trabalho dos filhos...E para eles mesmos.
Pertenço a um país onde a gente se sente o máximo porque conseguiu"puxar" a tevê a cabo do vizinho, onde a gente frauda a declaração de imposto de renda para não pagar ou pagar menos impostos.
Pertenço a um país onde a impontualidade é um hábito. Onde os diretores das empresas não valorizam o capital humano. Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e depois reclamam do governo por não limpar os esgotos. Onde pessoas fazem "gatos" para roubar luz e água e nos queixamos de como esses serviços estão caros. Onde não existe a cultura pela leitura e não há consciência nem memória política, histórica, nem econômica. Onde nossos congressistas trabalham dois dias por semana para aprovar projetos e leis que só servem para afundar ao que não tem, encher o saco ao que tem pouco e beneficiar só a alguns.
Pertenço a um país onde as carteiras de motorista e os certificados médicos podem ser "comprados", sem fazer nenhum exame.
Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no ônibus, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme para não dar o lugar.
Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o pedestre.
Um país onde fazemos um monte de coisa errada, mas nos esbaldamos em criticar nossos governantes.
Quanto mais analiso os defeitos do Fernando Henrique e do Lula, melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem "molhei" a mão de um guarda de trânsito para não ser multado.
Quanto mais digo o quanto o Dirceu é culpado, melhor sou eu como brasileiro, apesar de ainda hoje de manhã ter passado para trás um cliente através de uma fraude, o que me ajudou a pagar algumas dívidas.
Como "Matéria Prima" de um país, temos muitas coisas boas, mas nos falta muito para sermos os homens e mulheres que nosso país precisa. A crença geral anterior era que Collor não servia, bem como Itamar e Fernando Henrique.
Agora dizemos que Lula não serve. E o que vier depois de Lula também não servirá para nada...
O problema está em nós. Nós como POVO. Nós como matéria prima de um país. Porque pertenço a um país onde a "ESPERTEZA“ é a moeda que sempre é valorizada, tanto ou mais do que o dólar.
Nascidos aqui, não em outra parte...Entristeço-me.
Porque, ainda que Lula renunciasse hoje mesmo, o próximo presidente que o suceder terá que continuar trabalhando com a mesma matéria prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos.
É muito gostoso ser brasileiro. Mas quando essa brasilinidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação, aí a coisa muda...
Nós não temos que mudar, um novo governador com os mesmos brasileiros não se poderá fazer nada..
Está muito claro... Somos nós os que temos que mudar!
Agora, depois desta mensagem, francamente decidi procurar o responsável, não para castigá-lo, senão para exigir-lhe (sim, exigir-lhe) que melhore seu comportamento e
que não se faça de surdo, de desentendido.
Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO QUE O ENCONTRAREI QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO. 
Autor Desconhecido. 

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Não é muito fácil entender o diverso, mas é muito importante o nosso interesse e a nossa dedicação diária...


Gostaria de Parabenizar as minhas colegas: Ednamar, Alana, Ju F e Ju R, Aclecia, Paizinha, Juju, Irina, Carliane e Michele pelo nosso trabalho de ontem sobre a Homoafetividade, tivemos pouco tempo, muitas discursões, e que bom que chegamos a um denominador comum, que bom que nos entendemos... Por isso que é muito importante sermos diversos e pensarmos diferente, uma equipe de 10 pessoas não é fácil, mas valeu muito a experiência!!!!!!!!!!!! Até a próxima...

BJS... Marília.

O olhar da psicologia sobre a diversidade humana

Define-se o ser humano como sendo um ser complexo dotado de bastantes capacidades, contudo e apesar de sermos “idênticos” em muitos aspectos, em muitos mais somos distintos pois existe no ser humano uma diversidade a nível biológico, cultural e individual.O ser humano é também diferente no que se relaciona com o seu cérebro. Os nossos cérebros são fisicamente diferentes uns dos outros, no entanto o processo de individualização ultrapassa as definições genéticas, porque as experiências vividas pelos indivíduos desde as intra-uterinas como ao longo da sua vida marcam as estruturas do cérebro, fornecendo assim a singularidade. Podemos também dizer que somos dotados de uma diversidade cultural, sem a cultura, sem as possibilidades de desenvolvimento que nos proporciona crescer num contexto cultural particular, seríamos seres incompletos, inacabados. Nascemos, crescemos e vivemos em contextos socioculturais muito variados.

Etnia

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Muitos povos, culturas diversas...

Para outras conversas

A formação histórica brasileira é marcada pela atuação de muitos povos, culturalmente muito diversos.

Somos um povo que se vê como pertencente a uma nação e a um Estado, é verdade. Entretanto, há uma vasta pluralidade cultural entre nós, que se expressa, por exemplo, nas diferenças entre os modos de viver do Norte e do Sul, do litoral e do Centro-Oeste, entre os grupos originários de outros continentes, entre as populações rurais e urbanas, entre os jovens e os adultos, entre os meios letrados e as manifestações da tradição oral.

Existe entre nós uma riqueza de experiências humanas que constitui um dos maiores patrimônios nacionais. Entretanto, o predomínio da discriminação, as imensas desigualdades sociais, políticas e econômicas, os preconceitos e a intolerância reduzem muito as possibilidades dessa pluralidade se manifestar.

Por isso criar condições para a afirmação da pluralidade que marca nossa formação cultural é a melhor maneira de compartilhar esse acervo de experiências humanas, esse patrimônio cultural existente no Brasil. Assim podemos encontrar respostas inesperadas aos limites e às potencialidades do presente e abrir novos caminhos para o nosso futuro.


Texto original: Maurício Érnica
Edição: Equipe EducaRede

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

O nosso dia-a-dia...

Todos os dias, ao acordar, já estamos dispostos a enfrentar uma nova batalha... As pessoas hoje levam esse termo batalha muito a sério e colocam-se sempre no papel de atacante e vítima. Ja inicia-se o confronto assim que entro no ônibus, me deparo com muitos atacantes, as pessoas parecem que estão indo para o pior lugar do mundo, são mal humoradas, mal educadas, mal intencionadas e muitas vezes desumanas... (é claro que tem as raras exceções... são tão poucas que não cabe mencionar agora).
Poderia parar aqui e relatar vários fatos que presencio e que se encaixam em cada um dos contra valores que mencionei. Mas o principal fato é o desrespeito com as leis que beneficiam pessoas idosas, mulheres grávidas e com crianças de colo, e pessoas com deficiência. Puxa!! Esses batem o record diário e são os mais graves porque é Lei e ninguém tá nem aí para lei nenhuma. Puxa, o que custa levar uma pasta, livros, bolsas (todas as vezes super pesadas!!!), para ajudar e desafogar a passagem para o outro. Acontece que o outro é só o outro mesmo... não tem nada a ver comigo...HOJE! Mas, pode ser que amanhã seja eu, meu pai ou minha mãe, em situações iguais ou parecidas... E será que só nessa situação será Lei de fato????

Ahhh!! São tantas coisas, hoje falo apenas de uma viagem no ônibus de ida ao trabalho, imagina, quantas outras barbaridades acontecem até eu chegar em casa (por volta das 22:30h), é muita coisa pra contar viu? Mas por hoje fico por aqui.
Penso que a diversidade serviria para nos engrandecer culturalmente, politicamente, socialmente, humanamente, mas, ao invés de nos unirmos e nos ajudarmos, tentamos nos destruir, continua-se vivendo pela "lei da sobrevivencia", como já estudamos em biologia e como diz a música: "só os fortes sobrevivem..."
A vida assim, poderia ser mais fácil e menos burocrática, se fossemos unidos e amassemos indistintamente como ordenou Jesus... Mas muitos perguntam: "Quem é esse Tal Jesus mesmo hein???".

(...)

Por enquanto, fico por aqui tentando buscar mais idéias e talvel algumas soluções para meus questionamentos...

By!
Marília

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Reciprocidade ou Morte

Desde que os seres humanos decidiram viver juntos, estabeleceram um contrato social não escrito pelo qual formularam normas, proibições e propósitos comuns que permitissem uma convivência minimamente pacífica.

Depois surgiram os pensadores que lhe deram um estatuto formal como Locke, Kant e Rousseau. Todos esses contratos históricos têm um defeito: supõem indivíduos nus e acósmicos, sem qualquer ligação com a natureza e a Terra. Os contratos sociais ignoram e silenciam totalmente o contrato natural. Mais ainda, a partir dos pais fundadores da modernidade, Descartes e Bacon, implantou-se a ilusão de que o ser humano está acima e fora da natureza com o propósito de domínio e posse da Terra. Este projeto continua a se realizar mediante a guerra de conquista seguida pela apropriação de todos os recursos e serviços naturais.

Atrás sempre fica um rastro de devastação da natureza e de desumanização brutal. Antes se fazia guerra e apropriação de regiões ou povos. Hoje conquistaram-se todos os espaços e se conduz uma guerra total e sem tréguas contra a Terra, seus bens e serviços, explorado-os até a sua exaustão.  Ela não tem mais descanso, refúgio ou espaço de recuo.

A agressão é global e a reação da Terra-Gaia está sendo também global. A resposta é o complexo de crises, reunidas no devastador aquecimento global. É a vingança de Gaia.

Não temos outra saida senão reintroduzir consciente e rapidamente o que havíamos deixado para trás: o contrato natural articulado com o contrato social. Trata-se de superar nosso arrogante antropocentrismo e colocar todas as coisas em seu lugar e nós junto delas como parte de um todo.

Que é o contrato natural? É o reconhecimento do ser humano de que ele está inserido na natureza, de quem tudo recebe, que deve comportar-se como filho e filha da Mãe Terra, restituindo-lhe cuidado e proteção para que ela continue a fazer o que desde sempre faz: dar-nos vida e os meios da vida.  O contrato natural, como todos os contratos, supõe a reciprocidade. A natureza nos dá tudo o que precisamos e nós, em contrapartida, a respeitamos e reconhecemos seu direito de existir e lhe preservamos a integridade e a vitalidade.

Ao contrato exclusivamente social, devemos agregar agora o contrato natural de reciprocidade e simbiose. Renunciamos a dominar e a possuir e nos irmanos com todas as coisas. Não as usamos simplesmente, mas, ao usá-las quando precisamos, as contemplamos, admiramos sua beleza e organicidade e cuidamos delas. A natureza é o nosso hospedeiro generoso e nós seus hóspedes agradecidos. Ao invés de uma trégua nesta guerra sem fim, estabelecemos uma paz perene com a natureza e a Terra.

(…) Ou restabelecemos a reciprocidade entre natureza e ser humano e rearticulamos o contrato social com o natural ou então aceitamos o risco de sermos expulsos e eliminados por Gaia. Confio no aprendizado a partir do sofrimento e do uso do pouco bom senso que ainda nos resta.


* Leonardo Boff é autor de Responder florindo. Da crise de civilização a uma revolução radicalmente humana. Garamond 2004.
Fonte: Envolverde

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Um olhar da Psicologia sobre a Diversidade Humana

Gente esse texto é muito interessante, fala desde a nossa formação como pessoa... Vejam um trecho: "(...) Somos biologicamente diferentes uns dos outros porque temos um genoma que varia de pessoa para pessoa... O ser humano é também diferente no que se relaciona com o seu cérebro. Os nossos cérebros são fisicamente diferentes uns dos outros, no entanto o processo de individuação ultrapassa as definições genéticas, porque as experiências vividas pelos indivíduos desde as intra-uterinas como ao longo da sua vida marcam as estruturas do cérebro, fornecendo assim a singularidade.

Confiram no link abaixo:

http://psicob.blogspot.com/2008/01/diversidade-humana.html

Por Que os Outros Não São Iguais a Mim?

" – Não consigo compreender como alguém pode pensar dessa maneira!"
" – Não adianta falar – ele(a) não entende o que eu quero dizer!"
" – Como ele(a) pode gostar disso?!"
" – Ele(a) mais parece uma lesma! Vá ser devagar assim no inferno!"
" – Às vezes penso que só eu estou certo!"

Estas e outras afirmações fazem parte de nosso cotidiano. Não é fácil reconhecer e aceitar a "diversidade humana". Homens e mulheres são diferentes, pensam de maneira diferente e agem de forma diferente. Jovens e adultos são diferentes, pensam de forma diferente e agem de maneira diferente. A verdade é que todas as pessoas são diferentes e isso é simplesmente irritante e às vezes inaceitável para pessoas egocêntricas.
As pessoas têm base genética diferente; formação e educação diferentes; histórias de vida diferentes; cresceram e se desenvolveram em meio-ambientes diferentes. Os "modelos" sobre os quais construímos nossos conceitos de certo e errado também foram diferentes para cada um de nós. Os próprios conceitos de "ética" e mesmo "moral" podem ser um pouco "diferentes" de pessoa para pessoa. Umas mais rígidas, outras mais "relativistas", etc. O fato é um só – não há duas pessoas iguais!
Assim, temos que aprender a conviver, respeitar e até utilizar para a nossa vida – pessoal e profissional – as diferenças individuais. Uns têm mais "senso de urgência" e fazem as coisas rapidamente. Outros mais introspectivos, pensam mais, são mais cautelosos. Uns não têm medo de reclamar, "pechinchar", exigir seus direitos e até brigar. Falam com quem têm que falar para conseguir alguma coisa. Outros são mais introvertidos, tímidos, não têm a necessária coragem ou mesmo sentem-se ridículos ao reclamarem seus direitos ou exigirem algum benefício pessoal. Os primeiros acharão os segundos uns "bobos". Estes dizem que os primeiros são uns "mal educados, egoístas, espaçosos...". Quando estamos dirigindo, todos os motoristas que estão dirigindo mais devagar à nossa frente são uns "molengas, tartarugas..." e todos os que nos ultrapassam são uns "loucos, irresponsáveis...". Não é assim mesmo?

A riqueza da sociedade está justamente na diferença entre as pessoas. O que seria do azul, se todos gostassem do amarelo? – diz o ditado popular. E assim, na empresa, na família, na vida, tente fazer um esforço para respeitar as pessoas como elas são – diferentes de você!

 
Luiz Marins, Ph.D.
Anthropos Consulting